8 de maio

Bom dia. Hoje é segunda e esta semana não tem feriado para variar. Trazemos na newsletter de hoje um pouco de números para o que é o futebol no Brasil (muito mais do que um esporte), um pouco do falado por Warren Buffett na sua conferência anual de acionistas(meca para investidores?) e muito mais como sempre.

Segunda-feira é dia de ser produtivo para já estabelecer a base para a semana. Sendo assim, o que acha de também ajudar alguém a ser mais produtivo, e mais informado, compartilhando a Papyro?

Futebol brasileiro, um negócio bilionário

Uma das paixões do brasileiro. Fonte de amor, às vezes ódio. O futebol no fundo é o negócio que alia esporte, entretenimento e muitos cifrões.

2022 em números

+R$1,4bi. Clubes do Brasil movimentaram R$ 1,4 bi em transferências em 2022. Valores obtidos com vendas de jogadores representaram 20% da receita dos times no ano passado; São Paulo encabeça a lista.

  • São Paulo faturou R$ 229 milhões com transferências

  • Palmeiras: R$ 174 milhões

  • Internacional:R$ 173 milhões)

  • O Flamengo, time com a maior receita do futebol brasileiro, ficou em 5º lugar, com R$ 133 milhões.

+R$1,18 bi. Flamengo faturou R$ 1,18 bi em 2022 e teve a maior receita da Série A. O segundo lugar ficou com o Palmeiras que somou R$ 856 mi.

-R$10,6bi. As dívidas dos 20 maiores clubes do futebol brasileiro somaram um rombo de R$ 10,6 bilhões até o fim de 2022. Minas Gerais encabeça a lista dos principais endividados:

  • O Atlético-MG lidera com R$ 1,57 bilhão em débitos, alta de 20% em relação a 2021. O buraco fica ainda maior se for observada a progressão do rombo desde antes da pandemia. O valor mais que dobrou em comparação a 2019, quando a dívida registrada foi de R$ 747 milhões.

  • Depois do Atlético aparece o Cruzeiro, grande rival. Também nos 10 dígitos, a dívida dos cruzeirenses atingiu R$ 1,05 bilhão

Para Buffett, EUA e China continuarem discutindo por diferenças é estúpido

Nesse final de semana ocorreu o encontro anual de acionistas da Berkshire Hathaway. A Woodstock para capitalistas.

As lendas do investimento Warren Buffett e Charlie Munger pediram veementemente, no sábado, que os EUA e a China a resolvam suas crescentes diferenças, argumentando que as superpotências têm um "interesse mútuo" em continuar a cooperação.

Por que é importante: em múltiplas frentes, as duas maiores economias do mundo se encontraram em conflitos repetidos, com poucos sinais de reconciliação no curto prazo.

  • À medida que as tensões pioraram, alguns observadores ponderaram até que ponto os dois países podem se separar um do outro, cujas consequências se espalhariam pela economia global.

Guiando as notícias: Em uma sessão de perguntas e respostas na reunião anual da Berkshire Hathaway em Omaha, a dupla bilionária dinâmica insistiu que os EUA e a China precisam um do outro.

  • De sua parte, Munger citou a gigante da tecnologia Apple como um exemplo brilhante de como as relações sino-americanas deveriam funcionar e criticou as tensões crescentes como "estúpidas, estúpidas, estúpidas".

  • "Se há uma coisa que devemos fazer é nos dar bem com a China e ter muito livre comércio com a China ... é de nosso interesse mútuo", afirmou Munger.

  • As tentativas de qualquer lado de abalar o outro devem ser respondidas "com bondade recíproca", disse o homem de 99 anos.

O que eles estão dizendo: Buffett, o "Oráculo de Omaha" de 92 anos, cujos conselhos sobre investimentos e mercados são amplamente seguidos há décadas, argumentou que os dois países "precisam se dar bem".

  • "Parte disso é o quão longe você pode julgar o quão longe você pode empurrar o outro cara sem que ele reaja", disse Buffett.

  • "A alternativa levará os dois à destruição e aumentará a probabilidade de algo dar errado."

Buffett comparou as tensões EUA-China à Guerra Fria, quando os Estados Unidos enfrentaram a União Soviética sob a ameaça de um conflito nuclear que levaria à "destruição mutuamente garantida".

  • Essa política "impediu que muitas coisas acontecessem... mas Cuba esteve por pouco", disse Buffett.

  • "É imperativo que os EUA e a China entendam o que é o jogo e ambos não podem forçar muito, mas ambos podem prosperar."

Giro de notícias

>Competição para o Google. O Bing com inteligência artificial da Microsoft está em visualização aberta para todos, sem lista de espera. As atualizações incluem respostas mais visuais, incluindo tabelas e gráficos, e seu Image Creator agora suporta mais de 100 idiomas.

>A Covid não é mais uma emergência. A Organização Mundial da Saúde declarou o fim da emergência global de saúde da Covid que instituiu em janeiro de 2020. A decisão da agência não mudará muito sobre como a maioria dos países lida com o vírus desde que as restrições da Covid já diminuíram, mas marca um grande momento simbólico marco para a pandemia (embora talvez não tão grande para alguns de nós quanto a primeira vez que comemos em um restaurante novamente).

>Uma internet cada vez mais concentrada. CEO e cofundador do Nubank disse no Web Summit Rio nesta semana que prevê um futuro concentrado em que poucas marcas serão porta de entrada a consumidores. Uma “plataformização” da internet. Para o executivo, isso tem a ver com uma concentração nos caminhos na internet, convergindo para cada vez menos marcas como ponto-chave para comprar algum produto.

>Avanços na saúde. Engenheiros desenvolvem sensor impresso em 3D que coleta suor. Isso abre caminho para o monitoramento em tempo real de vários indicadores de saúde, incluindo desidratação, níveis de açúcar no sangue e muito mais.

>Facebook vs. SP. Facebook inicia batalha avaliada em R$ 2,3 bilhões contra a Prefeitura de SP. A empresa de rede social diz no processo que "demonstrará a completa ilegalidade e inconstitucionalidade da cobrança" feita pelo município

>O iPhone é a joia do coroa da “maçã”. O iPhone foi responsável por mais de 54% das vendas da companhia no trimestre. O percentual é maior do que o registrado nos últimos anos. Da receita de US$ 94,8 bilhões – que superou as estimativas dos analistas que esperavam US$ 92,9 bilhões –, mais da metade veio com a venda dos celulares. Os iPhones vendidos pela companhia somaram US$ 51,3 bilhões, cifra que também foi mais alta do que as estimativas de Wall Street. A previsão era algo próximo de US$ 48,8 bilhões.

E mais…

🇧🇷 Brasil

>'Tarcisês' usa jargões do mercado financeiro e vira marca do governo em SP

>Clientes de 5G só têm a tecnologia disponível 7,6% do tempo de uso no país

🌎 Mundo

>Reino Unido anuncia R$ 500 milhões para o Fundo Amazônia

>Trump cresce nas pesquisas e amplia favoritismo na indicação à disputa presidencial dos EUA

>A tecnologia da Primeira Guerra Mundial que está ajudando a Ucrânia a enganar a Rússia

>Retirada de pessoas de cidade gera preocupação sobre segurança nuclear na Ucrânia

💻 Tech & Negócios

>Warren Buffett não perde a mania de entregar bons resultados

>Midas List: os melhores investidores de risco do mundo em 2023

>Bradesco vê inadimplência próxima do pico e ponto de inflexão

>Inteligência artificial causará danos reais, diz economista-chefe da Microsoft

>Buffett alerta para retorno menor, após Berkshire atingir meio trilhão de dólares em patrimônio

>Warren Buffett e Charlie Munger defendem que executivos paguem por quebra de bancos

🌀 Diversos

>O “desinfluencer” que virou influencer falando de fracasso

>Coroação do rei Charles III: veja as fotos que marcaram a cerimônia no Reino Unido

>Vermelhão, de Gusttavo Lima, fatura R$ 31 milhões e mira novos públicos

>CEO do Airbnb destaca riscos da IA e o ‘efeito SVB’ para startups

>Como número de seguidores no Instagram facilita (ou dificulta) acesso ao 'remédio mais caro do mundo'

Quem não sabe o que busca, não identifica o que acha.

Immanuel Kant

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