23.fev

Bom dia.

Na edição de hoje:

  • Congressistas ganham até R$79mil para não se mudarem

  • Recessão na Europa não vem se concretizando

  • Credit Suisse enfrenta mais um problema

  • Sucessão no STF.

Congresso banca até R$ 79 mil para mudança inexistente de deputados e senadores

Congressistas estão recebendo neste início de ano verba que totaliza mais de R$ 40 milhões e que tem como justificativa uma situação que não encontra amparo na realidade.

Quase todos os 513 deputados federais e 27 senadores da legislatura que teve início no dia 1º, além dos que encerraram seus mandatos em 31 de janeiro, embolsaram ou embolsarão R$ 39,3 mil brutos a título de ajuda de custo para se mudar para Brasília ou para fazer o caminho inverso, de volta aos estados de origem.

  • Os que foram reeleitos ganham o valor duas vezes, uma pelo fim da legislatura passada e outra pelo início da atual, somando R$ 78,6 mil. Cinco senadores e 280 deputados federais se encaixam nesse caso.

  • A verba-mudança é paga até mesmo para os deputados federais e senadores que foram eleitos pelo Distrito Federal.

Além de não haver nenhuma justificativa sobre o fornecimento de auxílio-mudança para quem já mora na capital federal e para reeleitos que trabalham ou continuarão a trabalhar no Congresso, há questionamentos também em relação aos demais casos, como daqueles que deixaram de ser congressistas e dos que ingressaram na Câmara ou no Senado pela primeira vez.

O Congresso já oferece aos parlamentares outras cotas generosas para cobrir despesas com passagens aéreas, hospedagem e outros gastos. Além disso, há muitas décadas que não é comum deputados e senadores se mudarem permanentemente para a capital federal.

Antes tida como certeza, recessão na Europa parece não estar se concretizando

Devido sobretudo à crise de energia na Europa por causa da guerra na Ucrânia, a recessão no continente europeu era tida como certa por um grande grupo de economistas. Não é o que os números tem mostrado.

  • Os indicadores de fevereiro para o continente foram divulgados e mostraram que a atividade empresarial na zona do euro e no Reino Unido cresceu mais rápido do que o esperado.

  • Os dados confirmam que a economia da zona do euro está evitando as consequências da invasão russa da Ucrânia, com um inverno ameno ajudando a reduzir o consumo de gás natural e o risco de escassez de energia.

  • A retomada do crescimento na zona do euro foi impulsionada pelo setor de serviços, principalmente o turismo e as atividades recreativas.

A recuperação econômica da Europa, por um lado, evita a recessão, mas por outro, indica que haverá novos aumentos na taxa de juros para controlar a inflação.

Da mesma forma que na zona do euro, o Banco da Inglaterra – o BC britânico – deve manter o monitoramento da inflação, atrelando-a a possíveis aumentos dos juros. A inflação de janeiro fechou em 10,1% no país, com uma taxa de juros de 4%.

Após vários problemas, mais um para o Credit Suisse

As ações do Credit Suisse atingem a cotação mais baixa de sua história após a agência de notícias Reuters revelar que a Finma, agência reguladora financeira da Suíça, está investigando declarações dadas no final do ano pelo presidente do banco, Axel Lehmann.

  • O Banco teve perdas bilionárias com o colapso financeiros do family office Archegos Capital Management e da gestora de ativos britânica Grensill Capital.

  • Esses eventos causaram um problema de credibilidade que foi sucedido por diversos saques de clientes e instituições. O Credit Suisse reconheceu que os clientes haviam sacado 111 bilhões de francos suíços (US$ 119,65 bilhões) no último trimestre de 2022.

  • Em duas entrevistas, uma no dia 1º de dezembro e outra no dia seguinte, Lehmann disse que os grandes saques do tradicional banco suíço de 166 anos, que vinham sendo registrados nos dois meses anteriores, haviam “se estabilizado completamente” e “revertido parcialmente”.

  • No dia seguinte, Lehmann disse à Bloomberg que as saídas haviam “basicamente parado” – o que levou as ações do banco a subirem 9,3% no mesmo dia.

A Finma está tentando estabelecer até que ponto Lehmann estava ciente do movimento de retirada de fundos quando as entrevistas foram feitas. A investigação da reguladora faz sentido porque as entrevistas causaram impacto nas ações do banco.

Reprodução | Pixabay

🚼 Coreia do Sul quebra seu próprio recorde de menor taxa de fertilidade do mundo.A taxa de fertilidade da Coreia do Sul, já a mais baixa do mundo, caiu novamente, agravando ainda mais os esforços do país para aumentar sua população em declínio. O órgão nacional de estatísticas informou que a taxa de fertilidade, ou o número médio de filhos esperado por mulher, caiu para 0,78 em 2022 - abaixo de 0,81 no ano anterior. Os países precisam de uma taxa de fertilidade de 2,1 para manter uma população estável, na ausência de imigração.

💻 Intel reduz em 66% o dividendo. A maior fabricante de processadores de computador reduziu o pagamento de dividendos para o nível mais baixo em 16 anos, na tentativa de preservar o dinheiro e focar em um plano de recuperação.

🗳 Eleição 'imprevisível' na maior economia da África deve ressoar ao redor do mundo. Os 93,5 milhões de nigerianos registrados para votar escolherão entre 18 candidatos para substituir o presidente Muhammadu Buhari, que cumpriu dois mandatos. A eleição histórica do país terá um impacto significativo não apenas na economia e segurança nacional da Nigéria, mas também em seu lugar no comércio global e estrutura diplomática e na confiança nas transições democráticas na África Ocidental.

⚖️ Sucessão de Ricardo Lewandowski no STF. A disputa pela primeira nomeação de um novo ministro ao Supremo Tribunal Federal do governo Lula 3 movimenta os bastidores da política. Ex-chefe de gabinete do próprio ministro e advogado de Lula são os principais cotados para a vaga da Suprema Corte, que abre em maio. A cadeira de Ricardo Lewandowski é considerada estratégica para o Palácio do Planalto porque o ministro tem uma boa interlocução com o governo e é relator de uma série de processos que interessam ao Executivo.

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